29 dezembro 2005

Entrevista a José Carlos Fernandes

Iniciamos com esta entrevista uma nova secção aqui na ÁreaBD: a secção de entrevistas a autores.
Esta entrevista foi feita a José Carlos Fernandes, exclusivamente para a ÁreaBD. A entrevista foi realizada via e-mail.
Também agradecemos a sua disponibilidade por ter respondido ás nossas questões e a sua simpatia.
(As imagens foram colocadas aleatoriamente, sendo que não têm nenhuma ligação com as perguntas a que estão juntas).


ÁreaBD- Quando é que começou a fazer os seus primeiros desenhos?
José Carlos Fernandes- Como quase toda a gente, muito cedo, mas intermitentemente e sem método ou objectivo. Portanto os progressos foram, durante anos quase nulos. Entre os 18 e os 25 anos quase não desenhei. Só considero que comecei a desenhar a sério aos 25 anos. E poucos meses depois estava a fazer a minha primeira BD. Foi por isso que precisei de fazer quase 100 pranchas de BD até que a qualidade do desenho ficasse a par com os textos e a narrativa.

ÁreaBD- E quando é que começou a produzir os primeiros textos?
JCF- Também aí não existia prática prévia. Nunca escrevi nada. O meu primeiro texto surgiu quando tive de fazer a minha primeira BD.

ÁreaBD- Sempre foi fã de BD?
JCF- Sim. Comecei pelas BD's de Walt Disney, pouco depois de ter aprendido a ler, passei depois à revista "Tintin", que publicava várias histórias em continuação (o que nos deixava suspensos até à semana seguinte, para saber como se iria o herói desenvencilhar), e aos álbuns do Astérix e Tintin.

ÁreaBD- Quais foram os seus primeiros trabalhos para editoras?
JCF- Durante vários anos trabalhei para mim mesmo, não esperando vir a ser publicado, até porque o panorama da edição de BD em Portugal pouco tinha a ver com os meus trabalhos. Fui publicando em fanzines. Até que em 1993 surgiu o "Quadrado", um fanzine "profissional", com qualidade equiparada à de revista, editado por pessoas ligadas ao Salão de BD do Porto. Publiquei aí regularmente e o editor do "Quadrado" desafiou-me a fazer uma história de 32 págs. em formato comic-book, que iria inaugurar a colecção "Quadrado Comics". Foi assim que em 1994 fiz "A lâmina fria da lua", que seria o primeiro nº (e último, creio) da dita colecção. Entretanto já tinha publicado, em 1993, em edição de autor, "Controlo remoto". Ainda em edição de autor fiz "Irrealidades quotidianas" e depois em 1996 comecei a publicar pela Pedranocharco, que foi um projecto editorial que naufragou mal saiu do porto. Editei em diversas editoras até chegar à Devir. Mas, salvo raras excepções, não tenho concebido livros a encomenda de editoras – faço o que me dá na gana e depois espero que alguém esteja disposto a editar-me (veja-se o caso de "A última obra-prima de Aaron Slobodj", que fiz em 1997 e só foi editado em 2005).


ÁreaBD- Houve alguém em especial que o motivou a seguir esta carreira?
JCF- Não. Nem sequer a planeei como carreira. Fiz a primeira BD, fiquei interessado, fui fazendo mais, fui explorando diferentes temas e grafismos e sem que eu me apercebesse disso ou o tivesse planeado, tornei-me num "profissional".


ÁreaBD- O público só conhece os seus desenhos de pessoas “normais”. Nunca teve curiosidade em desenhar Super-Heróis?
JCF- Não, os super-heróis não me interessam de todo. As pessoas "normais" são suficientemente ricas e interessantes.

ÁreaBD- A série “A Pior Banda do Mundo” é um dos seus mais conceituados trabalhos. Mas reparámos que nunca põe pontos finais no fim das frases. Há algum motivo em especial?
JCF
- Não é só em "A Pior Banda do Mundo". Deixei de usar pontos finais. Se o discurso já está fechado dentro do balão ou do cartucho, não sinto necessidade de o fechar com um ponto final.

ÁreaBD- Só por curiosidade, onde é que vai arranjar nomes tão esquisitos para as suas personagens?
JCF- É uma história complicada. Por um lado, o meu cérebro, que facilmente se esquece de nomes como Sousa, Silva ou Antunes, retém facilmente nomes como Szymborska, Zelenka ou Zulfikarpašić. Por outro, muitos dos nomes que uso não se limitam a ser esquisitos ou a soar-me bem (isto também é importante), mas remetem para figuras reais, personagens literárias, lugares, etc. Não é indispensável que o leitor compreenda essas alusões para que perceba a história, mas quem conhecer essas referências culturais terá um bónus de entendimento. Raros são os nomes que são escolhidos ao acaso. Por exemplo, criei o nome de Sebastian Zorn, a partir dos nomes de dois dos meus músicos favoritos: Johann Sebastian Bach (1685-1750) e John Zorn, um músico de jazz norte-americano (actualmente com cerca de 50 anos). Não podiam ser mais diferentes: enquanto a música de JS Bach é um monumento de equilíbrio, rigor, serenidade e harmonia, a de Zorn assenta no improviso, no paroxismo, na imprevisibilidade e pode misturar elementos tão díspares como música tradicional judaica e o thrash metal. Ah, e Zorn, em alemão, quer dizer "ira".

ÁreaBD- E como é que consegue ter tanta inspiração para criar estórias tão bizarras?
JCF- Quem sabe de onde vêm as ideias? Esse é o mistério da imaginação. As ideias aparecem de onde menos se espera. O meu trabalho é estar atento, agarrá-las quando passam e voltar a pô-las em liberdade se verificar que não têm serventia. Às vezes são-me sugeridas por uma leitura enviesada: salto uma linha no jornal e aparece-me uma situação insólita. Vou registando as ideias em folhas soltas e depois sistematizo-as numa base de dados de ideias para histórias. Também vou recolhendo nomes de pessoas, lugares, livros, máquinas, inventos, tudo o que possa ser usado numa história.
Mas as minhas histórias não são tão bizarras como podem parecer à primeira vista. Pois são, no fundo, sobre nós mesmos, pessoas banais de uma qualquer sociedade ocidental no princípio do século XXI:


ÁreaBD- Está a pensar em levar esta série até que número?
JCF- Não sei. "A Pior Banda do Mundo" é um projecto aberto. Tenho planos para pelo menos mais 3 volumes: "O Teatro Vegetal Zucchini", "A Sede Provisória do Governo Mundial", "O Atlas Ilustrado da Ilusão Humana". Depois logo se verá.


ÁreaBD Já tem o 6# volume terminado? Quando o poderemos ver nas bancas?
JCF- O vol.6, "Os Arquivos do Prodigioso e do Paranormal", está pronto há 2 anos e será lançado provavelmente em Outubro de 2006. O vol.5 estava pronto desde Abril de 2001.

ÁreaBD Já está trabalhar no próximo número?
JCF
- Estava a organizar as sinopses para os volumes 7, 8 e 9, mas surgiu a oportunidade de fazer "A Agência de Viagens Lemming" e deixei-os momentaneamente de parte.

ÁreaBD- Já sabemos que está trabalhar no projecto Black Box Stories. Pode adiantar-nos alguma coisa sobre a continuidade do mesmo? E porquê a escolha de tal nome?
JCF- Durante muitos anos só tive ideias para histórias que fosse eu mesmo capaz de desenhar. Como sou um desenhador limitado, isto definiu o âmbito do tipo de histórias que criava. Um dia decidi deixar a imaginação à solta, e gostei dos resultados. Na verdade, posso dizer que são as minhas histórias favoritas, de quantas fiz até à data. Mas estas histórias pediam, para serem plenamente realizadas, alguém com mais "visão" gráfica do que eu. Foi então que me pus em busca de cúmplices: propus colaboração aos meus desenhadores portugueses favoritos. Só o Miguel Rocha é que respondeu afirmativamente.
Depois "descobri" o Roberto Gomes num workshop de BD que orientei na Biblioteca Municipal de Loulé. O Luís Henriques encontrei-o noutro workshop, que orientei no curso de BD do Centro de Imagens e Técnicas Narrativas da Fundação Gulbenkian, em Lisboa. Quem me chamou a atenção para a Susa Monteiro foi o José Freitas e o João Miguel Lameiras, da Devir, durante o 1º Festival de BD de Beja, para o qual ela fez o cartaz.
Posso adiantar que há mais 2 "recrutas" que muito possivelmente entrarão no projecto, o Vitor Hugo, português e sem experiência na BD, e Ken Niimura, que vai ser a nossa lança no Japão e nos vai permitir dominar o mercado mundial de manga e ficarmos obscenamente ricos. OK, a verdade é que Ken é espanhol (de origem japonesa) e tem já vários livros publicados. O Ken juntou-se ao projecto porque me pediu um prefácio para o seu último livro e eu, ao ver o seu portofólio, achei que ele era suficientemente versátil para se enquadrar nas BBS.

Quanto ao nome: vejo a inspiração como uma "black box", uma "caixa negra". Há inputs: vive-se, assiste-se, lê-se, ouve-se. E há outputs: peças de teatro, filmes, livros. No meio está o processo criativo: misterioso, insondável, imprevisível. Dei o nome de "Black Box Stories" a esta série não só em referência à caixa negra dos aviões (a BBS nº1 é precisamente sobre a caixa negra de um avião que cai na selva do Yucatan), mas também ao enigma do processo criativo. As primeiras 30 ou 40 BBS surgiram do nada, sem avisar, durante um mês ou dois, sem esforço. Depois acabaram, por mais que espremesse as meninges não surgia nem mais uma. Passado um ano e meio surgiram mais umas 80, em 3 ou 4 meses. E depois a fonte voltou a secar.


ÁreaBD- Não vai desenhar nenhuma estória desse projecto?

JCF- Em princípio não, pois nunca fez parte dos meus planos e as BBS desenhadas até à data têm excedido as minhas expectativas.

ÁreaBD- Sabemos que tem estado a trabalhar noutro proj

ecto- A Agência de Viagens Lemming.

Em que consiste?
JCF- "A Agência de Viagens Lemming" surgiu em resposta ao desafio lançado pelo João Miguel Tavares, do "Diário de Notícias", para fazer uma tira diária em continuação para as páginas de Verão do jornal. A única condição é que o tema tinha de estar relacionado com o verão. Achei que as viagens seriam um tema rico e diversificado. Como acho que uma tira em continuação não tem "substância" suficiente para manter o interesse do leitor, propus antes duas tiras, ou seja uma pequena página de BD. Foi uma maratona, pois tive que fazer uma página por dia, da concepção da história à arte final, durante 62 dias (Julho e Agosto). Como muitas das ideias que tive não couberam nessas 62 págs. e estava "embalado" aproveitei e fiz mais 62, ou seja um 2º volume. Estou agora a tratar das artes finais.

ÁreaBD- Pode-nos revelar a data da publicação destes seus projectos pela Devir?
JCF- "A Agência de Viagens Lemming vol.1: Dez mil horas de jet-lag" sairá no início de 2006 pela Devir, possivelmente com o "Diário de Notícias". O vol.1 das "Black Box Stories", desenhado pelo Luís Henriques, sairá em Abril de 2006, no Festival de BD de Beja. Algumas "Black Box Stories" desenhadas pelo Miguel Rocha estão a ser pré-publicadas na revista "C", do Centro Comercial Colombo.


ÁreaBD- Quais são as suas preferências de leitura a nível de BD?
JCF- Não leio BD de super-heróis (o único livro desta área de que gosto é "Arkham Asylum", de McKean/Morrison) nem de manga. Mas a BD nem sequer é o que me ocupa mais tempo de leitura. Leio poesia, ficção, ensaio (sobre biologia evolutiva, economia, religião, mitologia, música clássica – interesso-me por muitas coisas diferentes), enciclopédias, atlas, dicionários. Se tiver que reencarnar como insecto, quero ser um peixinho-de-prata, um daqueles bichos que se alimentam de livros.
Os autores favoritos da minha biblioteca são:
Jorge Luis Borges, Gabriel García Márquez, Roberto Juarroz, Carlos Drummond de Andrade, Gonzalo Torrente Ballester, Camilo José Cela, Manuel Vázquez Montalbán, Francisco de Quevedo, Miguel de Cervantes, Enrique Vila-Matas, Antonio Gamoneda, Franz Kafka, Bohumil Hrabal, Milan Kundera, Milorad Pavić, Hans Magnus Enzensberger, Czeslaw Milosz, Heiner Müller, Rainer Maria Rilke, Marin Sorescu, Wisława Szymborska, Albert Camus, André Malraux, Georges Perec, Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud, Alessandro Baricco, Italo Calvino, Andrea Camilleri, Umberto Eco, Sergio Solmi, Francesco Petrarca, Julian Barnes, Bruce Chatwin, Virginia Woolf, T.S. Eliot, Seamus Heaney, William Shakespeare (os sonetos), Charles Tomlinson, Ray Bradbury, Douglas Coupland (até "Polaroids from the Dead"), Sam Shepard, E.B. White, Robert Bringhurst, Frank O'Hara, Walt Whitman, António Lobo Antunes, Rui Nunes, Eça de Queirós, José Saramago (antes do declínio iniciado com "Ensaio sobre a cegueira"), Eugénio de Andrade, Mário Cesariny, Herberto Helder, Luis Miguel Nava, Almada Negreiros, Alexandre O'Neill, Fernando Pessoa (sobretudo Álvaro de Campos). Estou agora embrenhado na leitura de um ensaio fascinante (e espesso: quase 700 pg) de David Landes, intitulado "The wealth and poverty of nations: Why some are so rich and some are so poor", uma história económica do mundo desde a Idade Média aos dias de hoje.

ÁreaBD- Qual é a sua personagem de BD favorita?
JCF- Identifico-me mais com autores e livros do que com personagens. Se tivesse mesmo de escolher uma seria Corto Maltese.

ÁreaBD- Quais são os seus autores preferidos?
JCF- Na BD: Will Eisner, Neil Gaiman, Ben Katchor, Winsor MacCay, David Mazzucchelli, Dave McKean, Jon J. Muth, George Pratt, Chris Ware, François Boucq, François Bourgeon, Nicolas De Crecy, Hermann, Jacques Loustal/Paringaux, François Schuiten/Benoît Peeters, Alberto Breccia, José Muñoz/Carlos Sampayo, Hugo Pratt, Stefano Ricci, Miguelanxo Prado.

ÁreaBD- Pode dar um conselho para aqueles que querem seguir a carreira de artista de BD?
JCF- Guardaram para o fim a pergunta mais difícil.
Não há receitas nem fórmulas de aplicação geral. Cada um tem que descobrir o seu caminho, consoante a sua personalidade, os seus interesses e os seus objectivos. A minha experiência pessoal de pouco servirá para quem queira vir a desenhar os "X-Men".
Os conselhos que posso dar são necessariamente muito genéricos:
1) Para quem desenha, praticar até cair para o lado, e evitar copiar os desenhadores idolatrados. Desenhar a partir do natural, de modelos, de fotos (tiradas por si mesmo ou pilhadas a revistas e jornais), mas não dos desenhos de outros, senão será difícil desenvolver um estilo pessoal.
2) Para quem quer ser argumentista, ler muito e de forma alguma só BD. Ler muito, não para tomar modelos, mas a) para se ter uma noção da vastidão do mundo da literatura e da experiência humana, b) para se perceber o que já foi feito (não vale a pena tentar inventar a roda outra vez) e c) o que não deve ser feito (nesta área não vale a pena perder muito tempo).

27 dezembro 2005

Os 'Sketchs' de Madureira para Ultimates

Joe Madureira continua a trabalhar na última proposta que a Marvel Comics lhe fez.
Jeph Loeb irá escrever o argumento e Madureira será o desenhador de serviço para o 3º vol. de Ultimates, estando ainda a preparar alguns 'sketchs'. Como já tinhamos visto numa notícia anterior, aqui na ÁreaBD, Mark Millar e Brian Hitch sairam deste projecto para dar lugar a estes dois senhores. Millar e Hitch decidiram avançar para outros projectos mais comprometedores e chegaram a afirmar que seriam os maiores projectos das suas vidas.
Mas o que eu queria deixar nesta notícia era na verdade os dois últimos desenhitos de Madureira.
Apesar de estes serem alvo de algumas críticas (devido à parecença com o estilo dos Manga), eu aprecio-os muito. Os desenhos do Brian Hitch já estavam na revista há um bocadinho de tempo e já cansavam um pouco. Eu também não sou muito fã da arte dele, por isso sou suspeito.
Bem, aqui ficam eles:



















Feiticeira Escarlate e Homem de Ferro


Quem os quiser comprar os primeiros números, não se esqueça que em princípio serão lançados no segundo se-mestre de 2006.

23 dezembro 2005

Devir em Dezembro

Neste mês de Dezembro, a Devir traz-nos três edições em que uma das quais, é o primeiro número de uma nova colecção da Editora- Riscos é o nome da colecção e "Strangehaven" é o primeiro álbum, da autoria de Gary Spencer Millidge. O segundo será "Concreto- Uma Rocha entre as Rochas", que tem lançamento marcado para Abril, altura do Festival de Beja (onde estará presente o autor- Paul Chadwick).
Mas ainda há mais. "Loki", da norte-americana Marvel, é uma mini-série em que Robert Rodi nos conta a história em que Loki se apodorou do trono do seu meio-irmão. O primeiro grande trabalho de Esad Ribic como desenhador!
E por último, Arrowsmith, da WildStorm. Trata-se de uma guerra, mas não uma guerra "com armas de fogo", mas sim de uma guerra de magia. A personagem que acompanhamos ao longo da história tem o nome de Fletcher Arrowsmith, que tem o desejo de se tornar aviador.
Aqui ficam as respectivas sinopses destas três BD's:


Strangehaven- Na Arcádia
Gary Spencer Millidge


Colecção: Riscos
Nº de págs.:
Preço.:

O que é Strangehaven? Strangehaven é um romance policial, um thriller psicológico, uma telenovela, uma rede de intrigas e mistérios, de romance e humor, é sobre sociedades secretas, xamãs, a teoria quântica, o corpo de uma jovem que flutua num lago, sobre triangulos amorosos e desaparições misteriosas e sobre precepções da realidade e da interconecção entre todas as coisas e muito mais!

Loki
Robert Rodi e Esad Ribic

Colecção: Clássicos Marvel
Nº de págs.: 96
Preço: 12€

Há sempre dois lados para cada história. Já conheces a de Thor, agora é a vez de ouvires a de Loki. O filho mais desprezado de Odin reescreve as tradições Asgardianas pela sua perspectiva... fica a conhecer a insaciável fome de Loki pelo poder, o conflito dos seus sentimentos por Sif, o desprezo por Balder e o seu profundo ressentimento pelo seu irmão mais velho, Thor, e pelo seu pai negligente, Odin.

Um álbum arrebatador passado num universo alternativo da Marvel, pintado pelo novo talento de Esad Ribic, com argumento de Robert Rodi (Elektra).

Arrowsmith- A Guerra da Magia
Kurt Busiek e Carlos Pacheco

Nº de págs.: 160
Preço: 16€

1915. A Primeira Grande Guerra devasta a Europa… mas trata-se de uma guerra de feiticeiros, dragões, vampiros e magia, ao invés da convencional guerra de armas de fogo. Acompanha o jovem Fletcher Arrowsmith na sua busca por aventuras e glória, na sua longa e penosa ascensão até se tornar aviador - um dos feiticeiros voadores que combatem a guerra nos céus acima das trincheiras. Mas o que Fletcher descobre nos campos de batalha da Gália é bastante pior do que alguma vez havia imaginado.

Arrowsmith: A Guerra da Magia reúne a aclamada equipa criativa composta por Kurt Busiek e Carlos Pacheco, numa envolvente história que retrata os ideais da juventude, aventura, e os horrores da guerra. Este volume reúne os números 1 a 6 da série Arrowsmith nomeada para um Prémio Eisner, juntamente com o prelúdio de oito páginas que introduziu o mundo de Fletcher Arrowsmith.


Textos: Devir

21 dezembro 2005

Mais Capas da Saga "The Other"

Amazing Spider-Man #527Friendly Neighborhood Spider-Man #4

Serão estas as duas próximas capas dos "re-prints" de Amazing Spider Man #527 e Friendly Neighborhood Spider Man #4, respectivamente. Na primeira, vemos o Homem Aranha da série Spider Man 2099, e na seguda vemos o Peter Parker que particpou, outrora, em combates de Wrestling.
Agora encontra-se disponível no site Newsarama uma sondagem em os fãs do Aranhiço irão decidir qual será o Homem Aranha que estará na capa do próximo número da saga The Other. Até agora, o mais votado é na realidade Spider-Ham (em baixo)(?).
Pouco ou nada sei sobre esta personagem, mas fica aqui uma página com informação sobre a mesma.

Sinceramente, acho que esta iniciativa da Marvel não é lá muito credível. Reviver todos os antigos uniformes do Aranha só para, no final de isto tudo, nos apresentarem um novo (que também não deverá durar muito tempo).
Enfim, vamos ver no que isto dá.

18 dezembro 2005

Loki

Argumento: Robert Rodi
Desenho: Esad Ribic
Edições Devir/ Marvel

Este é o primeiro grande trabalho de Esad Ribic para uma editora norte-americana. Depois de trabalhar apenas nas capas de algumas séries para a Marvel (Wolverine, House of M), Esad faz parceria com Robert Rodi na mini-série Loki, de 4 partes.
"Loki", é na verdade uma estória diferente das outras em que a personagem mais focada é mesmo ele, o meio-irmão de Thor. Aqui passamos a conhecer a verdadeira faceta do Deus da Trepaça e como ele se apodorou, um dia, de Asgard. Mas não passará de mais uma tentativa que poderá simplesmente ir em vão? Tentarão, todos os que ajudaram Loki na sua conquista do poder, virar-se contra ele para obter algo mais do que o sabor da vitória?
Tudo isto é algo que Robert Rodi nos mostra depois de um «estudo exuastivo» desta personagem. Como o próprio indica, esta BD conta-nos a tão conhecida estória entre dois irmãos, filhos de Odin, mas agora na versão de Loki.
No que toca ao desenho, não há palavras para o descrever (também estou a exagerar um pouco). Esad Ribic tem um traço espectacular e é por isso que tenho pena por ele não ter estado presente este ano no FIBDA (talvez para o ano). Assemelha-se muito ao desenho de Alex Ross, sendo muito realista e fazendo com as personagens pareçam estar a "sair" do papel. A pintura também é muito boa. Arrisco-me a dizer que é um dos melhores desenhadores que agora andam por aí, apesar de ainda ter que amadurecer um pouco o seu traço.
Já Robert Rodi tem aqui a sua segundo parceria com Esad tendo trabalhado primeiramente com ele na estreia do desenhador, na série 4 Horsemen, da linha Vertigo/DC. Quer a nível de argumento, quer a nível de enredo, Rodi esmerou-se para criar este conto de deuses míticos. No guião que escreveu e que é mostrado no final desta BD, ele deixa-nos com um gostinho na boca, já que nos apercebemos que isto tudo se trata de um ciclo vicioso.
"Fá-lo-ia de novo... fá-lo-ia tudo de novo... fá-lo-ei tudo de novo".
Sinceramente, o final soube a pouco (fiquei com a impressão de que apertaram um pouco demais o fim). Fiquei sem perceber muito bem o que aconteceu ao Loki e só quando li o guião é que fiquei a perceber.
Espero que a Marvel continue a apostar neste desenhador.

8/10

Homem-Aranha: Metamorfose

Argumento: Paul Jenkins
Desenho: Humberto Ramos e Paco Medina
Arte-final: Wayne Faucher e Juan Vlasco
Cor: Studio F
Edições Devir/ Marvel

Quando Ana Soria apareceu e beijou Peter Parker na saga Royal Flush (já criticada e avaliada aqui na ÁreaBD), despoletou nele uma série de grandes e importantes mudanças.
São essas mudanças que acompanhamos no mais recente volume da colecção Universo Marvel Deluxe : Homem-Aranha Metamorfose.

A única coisa que achei de positivo nesta estória foi mesmo o desenho de Humberto Ramos na primeira parte da estória, mas mesmo assim, não estava no seu melhor…
Não percebi bem a mudança de desenhador… Ainda por cima a escolha não foi muito feliz.

A estória tinhas partes extremamente ridículas como por exemplo a naturalidade como Mary Jane reagiu ao ver Peter Parker peludo e com dois olhos em cada órbita,dizendo que ele devia ir ao médico, e quando Peter Parker, subitamente e sem motivo aparente, sai de dentro do “fato” de aranha em que estava dentro…

Paul Jenkins já escreveu estórias muito melhores que esta.

Parece que esta estória fraquinha foi só para introduzir as teias orgânicas a Peter…e para começar o arco do Vingadores:Acto Final (Avengers Disassembled).

4/10

The Goon é Nomeado para os Prémios do Festival de Angoulême

Excelente série! Tão boa que foi nomeada para o Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême. Faz parte dos sete nomeados para a categoria de Melhor Álbum. A edição nomeada foi a da Editora Delcourt que é um selecção das primeiras aventuras da personagem.
The Goon tem sido reconhecido internacionalmente pelas suas estórias repletas de um humor negro que nos deixa agarrados à revista até ao fim. Eric Powell, criador da série, já recebeu dois Will Eisner Awards- Best Humor Publication (Melhor Edição Humorística) e Best Continuing Series (?). É das melhores séries actuais neste momento nos Estados Unidos (a meu ver).
Os comics já se começam a difundir por terras Gaulesas...

18 novembro 2005

Divulgados 4 Novos Posters do Filme V for Vendetta

Foram divulgados mais 4 posters do filme V for Vendetta.
Criado por Alan Moore e por David Loyd, V for Vendetta foi um dos comics que mais vendeu na sua época. É agora que recebe o justo valor e é adapatado para o grande ecrã com um bom elenco.
Natalie Portman fará o papel de Evey e Hugo Weaving interpretará V. John Hurt, Tim Piggot- Smith, Stephen Rea e Sinead Cusack também farão parte dos escolhido para o resto das intrepertações.
É dirigido por James McTeigue, produzido por Joel Silver e o argumento é da autoria dos irmãos Wachowski (Matrix).
A estreia está prevista para 17 de Março de 2006.








(Estes são os novos posters de V for Vendetta. Cliquem para aumentar)





12 novembro 2005

Mais um FIBDA que Passou...

É verdade: mais um FIBDA que passou e a qualidade continua na mesma. Apesar de ter melhorado desde o ano passado, esta XVI edição do Festival conta ainda com muitas anomalias. Começo por dizer que como sempre, o ar continua irrespirável, o que faz com que nem os vistantes nem os convidados se sintam bem. As exposições também têm um aspecto negativo- são muito "labirínticas" (mas não deixam de ter qualidade) e parece que não nos apercebemos se vimos tudo ou não. Também é de acrescentar que o espaço na sessão de autógrafos era pouco, o que fazia com que as bichas mais longas não deixassem as outras pessoas movimentarem-se. De resto não há muito a acrescentar sobre o que é mau (também não vou dizer tudo o que achei mau, se não nunca mais acabava), já que desde que este evento se realiza nas "caves" da Estação de Metro, o espaço é muito pouco. Felizmente já se diz por aí que para o próximo ano será escolhido outro local para o Festival.

Passando ao que é bom. Este ano as exposições foram das melhores que já foram expostas, principalmente por se enquadrarem perfeitamente no tema do Festival. O melhor foi mesmo a mostra das três pranchas originais de Little Nemo, para assinalar os 100 anos de esxistência da personagem. E na onda das comemorações está também José Abrantes que celebra 30 anos de carreira. Outra esxposição igualmente boa que nos mostra o traço cómico deste autor português. Não esqueçamos a óptima exposição de José Carlos F. Outros dois autores que foram bem focados nas esposições foram Leandro Fernadez e Liam Sharp, que mostrava os seus trabalhos em conjunto com Ed Brubaker. Brubaker foi dos autores com mais livros para venda, pois a banca da Kingpin apostou muita na venda dos mesmos. E por último, cada autor expôs um trabalho seu a mostrar o que para si era um verdadeiro sonho.
Na área comercial, notou-se que a banca da Devir continuou a ser das mais visitadas, porque durante o ano inteiro nunca tinha contado com tantos lançamentos, como Arrowsmith (Wild Storm), Loki (Marvel), o novo volume da série A Pior Banda do Mundo de José Carlos Fernandes ou até mesmo o primeiro volume do evento Evolução- Homem Aranha: Metamorfose. Mas mesmo assim o destaque vai para a banca da Kingpin of Comics, que se estreia este ano a vender comics e alguns manga. Foi por intremédio deste stand que Ed Brubaker e Sean Philips fizeram parte dos artistas convidados deste ano. De seguida, temos a estreia da Panini Comics (e de outras edições brasileiras) neste FIBDA. Pessoalmente acho que foi uma boa iniciativa, pois ficaram disponíveis comics e também mangas que os bedéfilos portugueses não conseguem adquirir na língua lusa. Por fim, também estiveram presentes as editoras Pedra no Charco/ Ulmeiro, a Witloof e a ASA, que era a maior "casa" em termos de espaço e de títulos diponíveis.

Agora vou falar do que melhor se aproveita neste Festival- a sessão de autógrafos. Como podem observar nas imagens acima, nenhum autor se importou de cansar o braço a fazer desenhos dos mais variados. Principalmente o criador da Pior Banda do Mundo que era o desenhador que mais tinha de autografar BD's. Praticamente todos os desenhos de José Carlos eram feitos a aguarela. José Abrantes, Ricardo Ferrand e Miguel Rocha também foram muito requisitados.
O último dia foi sem dúvida o mais agitado. Primeiro porque estavam presentes quase todos os autores estrangeiros e segundo...porque era o último dia (acho que já tinha dito isto). Mesmo estando lá o Leandro Fernandez, José Carlos Fernandes continuava a mover "multidões" (e notem que não estou a brincar). O mais curioso é que os autógrafos do artista Leandro F. eram feitos a esferográfica e apesar de ser um pouco inusitado, foram óptimos os resultados (como podem ver no Wolverine acima). Mas o que de pior aconteceu no fecho do FIBDA, foi terem rapidamente fechado a fila do Sean Philips, portanto sai de lá de mãos a abanar, já que não é todos os dias que um autor tão prestigiado vem ao nosso país. Também Ed Brubaker esteve presente. Notava-se que ele era muito falador, quer com os seus colegas, quer com os vistantes. Mas o autógrafo que mais me agradou foi o de Daniel Maia (como já foi mostrado aqui na Área BD). Simplesmente adorei! Tudo se resumiu a isto- esta foi uma das melhores sessões de sempre no FIBDA.
Agora, para terminar este apanhado do evento do ano, vou divulgar os vencedores dos troféus do Festival Internacional da Banda Desenhada da Amadora 2005:
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Melhor Álbum Português
Super-Heróis da História de Portugal, de Artur Correia e António Gomes de Almeida (Bertrand)

Melhor Argumento de Autor Português
A Última Obra-Prima de Aaron Slobodj, de José Carlos Fernandes (Devir)

Melhor Desenho de Autor Português
As Aventuras Formativas de Fortunata, Maria e Garção, Filipe Abranches (Instituto do Emprego e Formação Profissional)

Melhor Álbum Estrangeiro
Sin City: Aquele Sacana Amarelo, de Frank Miller (Devir)

Melhor Álbum de Tiras Humorísticas
Quinoterapia, de Quino (Teorema)

Melhor Ilustração para Literatura Infantil
O Pai Natal Preguiçoso e a Rena Rodolfa, Alain Corbel (Caminho)

Prémio Clássicos da 9ªArte
Príncipe Valente: 1943-1944, de Harold R. Foster (Livros de Papel)

Melhor Fanzine
Venham Mais Cinco, Toupeira Atelier de BD (Bedeteca de Beja)

Prémio Juventude
A Última Obra-Prima de Aaron Slobodj, de José Carlos Fernandes (Devir)


Para o ano há mais!!

Hellboy passa para desenho animado

Pois é pessoal, grande série que aí vem! E é já para Outubro de 2006 (ok...eu sei...ainda falta muito)!
Sean Galloway é o designer de serviço, mas o desenho não vai ser inspirado no estilo de Mignola, a pedido deste. Mike Mignola e Guillermo Del Toro (o director do filme da personagem), irão participar na história e no estilo de desenho.
A série passará no canal Cartoon Network e será adaptado para DVD.

07 novembro 2005

Sketchbook #1

Argumento e Desenho:João Martins/ Daniel Maia
Cor: Nikolai Nekh/ Rui Moura
Editora: BD AJCOI

Mais uma excelente iniciativa na BD Portuguesa. Depois de ser lançado o BD Jornal, temos agora acesso a uma nova revista de BD totalmente em português. Sendo trimestral, este "é o resultado de uma colaboração entre a AJCOI e um conjunto de jovens artistas, o estúdio Split Up". É então que estas duas associações se juntam e formam um estúdio com o nome de B.D. AJCOI. Depois disto é criada a Sketchbook, que tem como objectivo divulgar trabalhos de jovens talentos do nosso país. Portanto, quem quiser enviar alguma coisa, pode simplesmente utilizar o e-mail: in_comics-we_trust@hotmail.com.

Neste primeiro número temos duas estórias: "A Parede, Apenas
um Problema", de João Martins e Nilolai Nekh e "Hunter", de Daniel Maia e Rui Moura. A cor é toda ela feita através do computador o que dá um pouco mais de brilho e um ar mais profissional. No primeiro trabalho, há um grande problema. De repente, aparece uma misteriosa parede que aparentemente ninguém consegue derrubar. Várias pessoas o tentam, mas talvez só uma o consiga. Sinceramente não gostei muito da arte, apesar de ser um pouco cómica. A cor está muito bem aplicada e notam-se várias tonalidades muito bem conseguidas em cada objecto ou paisagem.
Já em "Hunter", Daniel Maia utilizou uma técnica diferente das outras. Cada prancha foi desenhada num ano diferente fazendo um total de 8 páginas, para o autor tentar perceb
er como tinha evoluído através do tempo. Só este ano é que conseguiu concluí-la, ou seja, desde 1998 que está a trabalhar nela. Antes de ser colocada na revista, fez ainda uma "nova primeira página para melhor compor a abertura". Quem teve o trabalho de colorir esta produção foi Rui Moura. Está muito bem feita (a colorização) e não deixa fugir o tão agradável traço de Daniel.
É uma estória muito boa e aproveito para dizer que mais tarde ou mais cedo este autor será o próximo a entrar no mundo dos Comics norte-americanos.

A revista será oficialmente lançada por todo o país em Dezembro.

P.S.- A capa que mostro é na verdade um fantástico autógrafo de Daniel Maia que eu arranjei no FIBDA 2005.

7/10

Revelado um dos Vilões de "Spiderman 3"

Já foi revelado um dos vilões do filme "Spiderman 3" neste fim-de-semana. Já que Kirsten Dunst tinha deixado escapar que os inimigos do Aranhiço seriam o Venom e o Homem Areia, a Sony mostrou uma imagem (em baixo) da personagem Sandman (ou Homem Areia). As roupas são idênticas às da banda desenhada original e o próprio actor (Thomas Haden Church) está muito parecido. Só falta a confirmação da presença do Venom...
O filme tem estreia marcada para 7 de Maio de 2007.

05 novembro 2005

BD Jornal #7

Já disponível no FIBDA, o BD Jornal volta com uma edição um tanto ou quanto especial, já que foca particularmente todos os Festivais ou Salões que estão a decorrer no momento.

«Com uma designação genérica FESTIVAL INTERNACIONAL DE BD DA AMADORA E OUTROS SALÕES, FESTIVAIS E… QUE MAIS, o jornal tenta abranger uma verdadeira ronda por tudo quanto é evento sobre BD. Com a primeira reportagem sobre o FIBDA 2005, essencialmente fotográfica; a reportagem do Salão de Viseu; o programa do Salão de Moura BD 2005 (a realizar de 12 a 27 de Novembro); o anúncio do Salão de BD do Porto, a comemorar os 20 anos da 1º Edição e editado virtualmente em www.sibdp.com (inicia-se hoje, dia 5); muitas outras notícias sobre muitos outros festivais com Clara Botelho em Volta ao mundo em Festivais.

Depois, um texto de José Carlos Francisco sobre A Longa Cavalgada de Tex; a conversa de Pedro Cleto com Étienne Davodeau, João Miguel Lameiras no Festival de Cinema Fantástico de Sitges 2005; as considerações de Sara Figueiredo Costa sobre a obra de Aleksandar Zograf; a tentativa de interpretação de Nuno Franco dos Estranhos Sonhos de Max, a crítica de Pedro Cleto ao novo Asterix, etc.…

Ainda uma BD de Andreia Rechena e o caderno destacável central com o Xatoman de Álvaro.

O BD Jornal nº 7 só está ainda à venda no FIBDA (neste fim-de-semana), no stand Pedranocharco- Ulmeiro, com a Promoção de Assinaturas em grande destaque e a ter grande afluência e aceitação do público.

Está ainda, já à venda, na Kingpin of Comics e na Casa da BD, no Mercado de Santa Bárbara (Feira da Ladra.).

Na próxima semana haverá a distribuição VASP e a colocação nos habituais postos de venda.»

Texto: J. Machado Dias

31 outubro 2005

Daniel Maia, Agora Numa Editora Própria


É verdade meus amigos, Daniel Maia vai criar, em Dezembro, a sua própria editora que neste difícil mercado de BD não vai ter tarefa fácil para conseguir impor-se, mas esperemos que corra tudo bem. Também já é oficial que o primeiro "comic-book" terá o nome de "Pão de Law" que conta a estória da "pior super-heroína do mundo".
E para quem pensa que este autor não tem trabalhado durante estes últimos engana-se, pois neste último fim-de-semana, no FIBDA, esteve presente na sessão de autógrafos e contou com muita gente a pedir-lhe autógrafos, já que tinha sido o lançamento oficial da revista totalmente portuguesa, a Sketchbook (que continha um dos seus trabalhos: Hunter). E ainda no próximo dia 1, serão lançadas duas edições com ilustrações suas: o livro "As Trevas Fantásticas" da autoria de David Soares e "O Menino Triste" de João Mascarenhas.

Este ano não deixa de ser óptimo para a situação bedéfila no país, pois contou com o lançamento do BD Jornal, mais recentemente da revista Sketchbook, a prometedora editora de Manga e agora esta nova notícia.
Resta desejar boa sorte a Daniel Maia e que esta iniciativa consiga durar muito tempo!

P.S.- Visitem o site: www.danielmaia.com

Pranchas Originais de Corto Maltese são Descobertas

Foram encontradas treze pranchas originais de Corto Maltese no passado mês de Setembro. Encontravam-se dentro de umas revistas antigas de turismo e, como se pode observar acima, ainda estão em bom estado podendo-se ler todas as falas sem problemas.
Da autoria de Hugo Pratt, esta vinheta mostra como Corto e Rasputin iniciaram a sua longa amizade.
Estes desenhos inéditos terão a sua mostra numa das próximas exposições da personagem pela Europa inteira.

29 outubro 2005

Dark Tower

Pela primeira vez na sua vida, Stephen King vai produzir um comic inteiramente baseado no seu próprio épico, “The Dark Tower”. Como todas as estórias têm um herói, esta não podia deixar de ter um. Ele é Roland Deschain e que tem como objectivo salvar a Torre Negra. Com desenhos de Jae Lee, Stephen afirma que mal pode esperar pelo resultado final. Esta mini série terá 6 partes e o seu lançamento está programado para Abril de 2006.

A estória será totalmente inspirada no livro e não haverá nenhuma alteração.
Depois do best-seller ser escrito, passará a ser um best-seller desenhado.
A “Publisher Weekly” avançou que o colorista da série será Richard Isanove.




Estes são os desenhos de Jae Lee (clica para aumentar)





27 outubro 2005

O Universo Manga da Marvel

Há 5 anos atrás, a Marvel "contratou" os melhores artistas de manga para reinventarem o universo Marvel.
O resultado foi tão bom, que o escritor da série, C.B. Cebulski está orgulhoso por voltar a escreve-la, já que o primeiro número vai sair em Janeiro de 2006, com o nome de: New Mangaverse- Ring of Fate #1.
Os fãs de manga e os fãs da Marvel vão poder ver, em breve, personagens como o cabeça de teia, o Wolverine, Homem de Ferro, entre outros, todos eles desenhados num traço bem diferente do qual nós estamos habituados a ver nos comics tradicionais.

PS: Era tão bom que a Devir publica-se isto...

Aqui tens alguns sketches...

Devir em Outubro

Apesar de um pouco atrasados por causa do FIBDA, os lançamentos mensais da Devir chegam agora no fim do mês de Outubro.
Destaque para o número 13 da colecção Universo Marvel Deluxe, com o título de "Metamorfose", que vem substituir apenas por este mês a revista do Homem Aranha.
Apesar de só saírem em Novembro, já foram divulgados o 5º volume da "Pior Banda do Mundo" e o 1º volume de "Strangeheaven".
Aqui estão todos os lançamentos:

Ultimate Homem Aranha 7 – Guerra Suprema
Ultimate Spider-Man #49 – Brian Michael Bendis e Mark Bagley
Ultimate War #3 – Mark Millar e Chris Bachalo

Colecção: Ultimate Homem Aranha
Nº de págs.:
48
Preço:
2,99€

O Homem-Aranha vê Dan Janota, Montana e Touro a atacarem J. Jonah Jameson em pleno parque de estacionamento. Mas depois de ter sido despedido e humilhado pelo director do Clarim Diário, será que Peter ainda o vai ajudar? E ainda a terceira parte de Guerra Suprema.



Espantosos X-Men 61 – Massacre no Texas 3 de 4
X-Treme X-Men #18 – Chris Claremont e Salvador Larroca

Wolverine #9 – Greg Rucka e Leandro Fernadez

Colecção: Espantosos X-Men
Nº de págs.: 48
Preço: 2,99€

É o vibrante final das aventuras em Madripoor. Vampira e Gambit sobreviverão? E terá Vargas o destino que Sina previu? No Texas, Wolverine finalmente encontra Rojas, mas não estava a contar com a surpresa que lhe iria aparecer pela frente…




Universo Marvel Deluxe 13 – Metamorfose
Spectacular Spider Man #17/ #18 – Paul Jenkins e Humberto Ramos
Spectacular Spider Man #19/ #20 – Paul Jenkins e Paco Medina

Colecção: Universo Marvel Deluxe
Nº de págs.: 96
Preço: 9€

Peter Parker – o espectacular Homem-Aranha – tem a sua vida transformada num caos com o aparecimento de Ana Soria, mais conhecida por A Rainha. A mutante exerce o pleno controlo sobre os genes de insecto dos humanos, inclusive o de Peter. Após o beijo fatal de Ana, o Homem-Aranha começa a transformar-se num monstro, naquilo que parece uma EVOLUÇÃO para algo terrificamente diferente.
Uma equipa de heróis corre ao seu encalço, mas A Rainha tem um trunfo na mão, uma arma que devastará toda a vida humana num raio de mil quilómetros em redor de Nova Iorque…




Novos X-Men 7 – Assalto à Arma Plus
New X-Men #140 – #141 – Grant Morrison e Phil Jimenez
New X-Men #142 – #145 – Grant Morrison e Chris Bachalo

Colecção:
Novos X-Men
Nº de págs.: 112
Preço: 11 €

Mais segredos revelados do mutante mais mortífero do mundo!

Wolverine sabe pouco do seu passado, apenas que está repleto de dor e perda. Há muito tempo, ele tornou-se na Arma X – uma experiência de uma organização secreta com o intuito de transformar mutantes em super-soldados obedientes através de engenharia genética. Assim, o seu esqueleto foi coberto com o metal indestrutível Adamantium e foram implantadas novas e atribuladas memórias sobre o seu passado.
Desenvolvido artificialmente por um milhar de gerações apenas num espaço de um ano, e, fundido com tecnologia de nano-sentinelas, o enigmático Fantomex é outra experiência, denominada, Arma XIII.
Depois do assassínio de Emma Frost, que está longe de ser resolvido, Wolverine e Fantomex, com a ajuda de Ciclope, viajam para o outro lado de “O Mundo” à procura de pistas sobre os seus passados. No entanto, o que eles encontram no programa da Arma Plus, pode ser mais aterrador que o pior dos seus pesadelos.


A Pior Banda do Mundo – O Depósito de Refugos Postais
José Carlos Fernandes

Colecção: A Pior Banda do Mundo
Nº de págs.: 52
Preço: 10€

Finalmente chega-nos mais um volume de “A Pior Banda do Mundo”, desta feita com o nome de "O Depósito de Refugos Postais". No FIBDA já foi lançado mas quem o quiser adquirir através de papelarias ou lojas especializadas terá de esperar até pelo dia 7 de Novembro.



Strangeheaven- Na Arcádia
Gary Spencer Millidge

Colecção: Strangeheaven
Nº de págs.: 92
Preço: 10€

Estreia da série Strangeheaven em Portugal da autoria de Gary Spencer Millidge. Será lançado a 21 de Novembro no resto do país já que se encontra disponível no FIBDA.



Textos: Devir