29 julho 2008

Frank Cho torna-se Exclusivo da Marvel

O talentoso artista que actualmente trabalha na indústria dos comics americanos, acabou de assinar um contrato de exclusividade de 3 anos com a Marvel, o que significa que Cho passará a fazer parte da equipa de desenhadores regulares da editora, mas não em séries mensais, apenas em "mini-séries e Graphic Novels especiais".. 
As últimas vezes que Cho desenhou para a Marvel tinha sido juntamente com Bendis em New e Mighty Avengers, dando uma grande ajuda em ambos os títulos. Ainda assim, Shanna, The She-Devil foi aquele que conseguiu gerar mais controvérsia devido à censura imposta à sua arte, muito susceptível num país como os Estados Unidos ("We just want dead bodys!"). Além disso, este autor também desenhou, recentemente, 8 páginas para o especial King-Size Hulk, numa batalha focada no infame Red Hulk (just blame Jeph Loeb...).
É claro que depois das boas notícias vêm as más. Frank Cho está integrado no projecto "Ultimates 3.5" (nome provisório), que terá, pois claro, argumento de Jeph Loeb, com o seu lançamento planeado para depois da cataclismíca mini-série, Ultimatum. Mas esta novidade tem a outra face da moeda - provavelmente, Cho terá outros dois projectos envolvendo três personagens femininas bem conhecidas do plantel da Marvel. Saber quem são é que já ultrapassa as minhas capacidades (segundo ele próprio, existem umas quantas ideias relativas a Spider-Woman e Black Widow).
Há ainda uma curiosidade que pode deixar os fãs da DC um pouco tristes - Frank Cho ia desenhar e co-escrever uma mini-série entre a Wonder Woman, a Supergirl e a Power Girl, com a ajuda de Jimmy Palmiotti. Por outro lado, a versão sem censura de Shanna está prestes a sair...

26 julho 2008

The Dark Knight

A sensação com que se sai da sala de cinema depois de ver este filme é indescritível. Afinal, eu estava a sair do, provavelmente, melhor filme do género e, melhor que tudo - não tinha sido eu o único a gostar. É bom ver que um filme de um género tão mal-tratado como a Banda Desenhada  e os seus super-heróis consegue levar muitas pessoas ao cinema e render longas-metragens com tanta qualidade. Mas há que não esquecer que este filme vai muito mais além do que o simples embate entre o Cavaleiro Negro e o seu temível adversário, prestes a semear o caos em toda a cidade. The Dark Knight é muito mais profundo simplesmente por conter uma tão variada selecção de elementos que fazem lembrar outros tantos filmes. Falo de um excelente elenco que conseguiu ser mais do que competente; um argumento complexo e sólido cheio  de cruzamentos entre outras pequenas histórias; acção, sempre necessária num filme deste calibre; humor em doses certas e sem exageros nenhuns; tensão,  do princípio ao fim, uma coisa que quase nunca vejo nestas adaptações e, é claro, uma escolha de personagens que só me fazem querer que algumas delas fossem mesmo assim nos comics (Nolan for comics!).
Começando por falar de Heath Ledger, posso desde já dizer que esta é uma grandiosa personificação do Joker, julgo que nem mesmo Jack Nicholson lhe consegue chegar aos calcanhares (quer dizer, chegar até aí, talvez consiga). A sua interpretação ainda tem mais valor porque consegue ultrapassar todo o hype gerado pelos media em torno do seu talento e até da sua própria morte. Acho que quem lê comics e já conhece pelo menos alguma coisa do Joker e de toda a sua mitologia em conjunto com o Batman é que consegue apreciar ao máximo esta inerpretação do Ledger. Não digo que os especialistas nesta matéria também não a possam achar fenonemal, porque isso até o velho do Restelo consegue, mas ver que existe alguém que consegue captar a essência de um personagem extremamente difícil de perceber, é no mínimo gratificante. O Joker de TDK é "O" Joker - psicótico, com dois parafusos a menos, com todo o seu sentido poético e que apenas gosta de "brincar" com o seu némesis, sabendo perfeitamente que a sua existência só faz sentido enquanto o Batman também existir (óbvias referências à Piada Mortal, de Alan Moore). Que mais posso dizer sobre ele?
Quanto a Christian Bale há que dizer que ele nem acaba por ser a principal atracção do filme. "Ah, vamos ao cinema ver o Batman.", "Não, vamos lá é para ver o Joker.". Basicamente é esta a sensação que se tem quando se sai do cinema. O Batman acaba por nem ser a principal personagem deste filme e isto acaba por lembrar as mais clássicas histórias deste personagem, onde ele é apenas um motivo para que surjam vilões e outras personagens à volta que o façam sair de noite. Mas nada disto faz com que o desempenho deste actor seja menor ou de pior qualidade, pelo contrário. Há excelentes cenas entre ele e Alfred (Michael Caine) e também entre Lucios Fox (o grande Morgan Freeman). Aqui também gostei muito mais do Bruce Wayne em si do que o próprio Batman.
É também impossível não reparar na voz alterada quando Bale está a vestir o manto do Cavaleiro Negro, o que, pelo que já li em alguns sites, pode ter desapontado alguns espectadores. É certo que a montagem em relação à voz não é a melhor e nota-se claramente que é impossível um humano fazer aquela voz, mesmo com tom grave de Bale, mas mesmo assim aceito e o principal objectivo está lá - mascarar a voz do Batman. Em cenas que ele está tão próximo de pessoas conhecidas da sua identidade verdadeira deixaria de haver credibilidade, pois facilmente seria reconhecida. Portanto, esta jogada com a voz é totalmente aceitável.
Aaron Eckhart foi a surpresa da noite, tendo construído um Harvey Dent muito sólido. A primeira cena passada no tribunal pode parecer um pouco "velha" ao início, mas rapidamente deu para perceber que estava ali um actor ideal para a personagem e mais uma excelente cena para a colecção. Quanto a este não me resta muito mais para dizer, surpreendeu pela positiva e isso é o que mais interessa.
The Dark Knight é, na minha opinião, indiscutivelmente a melhor adaptação de uma Banda Desenhada ao cinema, ponto final. Supera qualquer dos três filmes do Homem-Aranha e qualquer outro filme da Marvel. Também supera os anteriores filmes de Tim Burton e de Joel Schumacher. É daqueles filmes que mal se sai da sala, só apetece ir vê-lo de novo, nem que seja só para ver a cena inicial (e que cena brutal que ela é). Não costumo comprar DVD's, mas parece-me que desta vez compro-o mal ele sair. Enfim, não há mais palavras para descrever esta beleza cinematográfica.

Nota: 9.5/10 - Must See!

25 julho 2008

Johns e Sciver em Flash: Rebirth

Depois de há meses atrás Rich Johnston ter falado nesta suposta mini-série na sua coluna de boatos no CBR, o próprio Geoff Johns juntamente com artista Ethan Van Sciver (a dupla repsonsável por Green Lantern: Rebirth) anunciam, na San Diego Comic Con, que o Flash terá direito ao seu próprio renascimento em que quem voltará será nada mais, nada menos que Barry Allen, o Flash mais conhecido da editora e aquele que se encontrava morto há já 20 anos, mas voltou numa das últimas edições de Final Crisis e narrou a estória de DC Universe #0.
É óbvio que é uma jogada desesperada da DC. Basicamente o que Dan Didio quer é alcançar um sucesso similar ao do Green Lantern actualmente e para isso a única solução é a repetição de fórmulas passadas. Felizmente escolheram o Johns que percebe bem a personagem e por sorte conseguiram meter o Sciver de novo na mini-série. Espero é que a leitura se torne não apenas uma sequela do Rebirth original com personagens diferentes, mas sim um Flash: Rebirth genuíno com um processo criativo diferente.
Mesmo assim, fica aqui a nota de que se o desenho for como o teaser que vêm ao lado, eu comprarei esta mini-série de certeza e estarei lá para começar a ler o Flash de novo. Ah, tudo começa em Janeiro.

Astounding Wolf-Man #6

Argumento: Robert Kirkman
Desenho: Jason Howard

Robert Kirkman mostra neste único comic aquilo que consegue fazer melhor que ninguém: contar uma estória que mistura todos os elementos que enriquecem um argumento - drama, humor, caracterização e acção.
Muitas pessoas ainda não deram valor a este Astounding Wolf-Man, nem sequer houve um sucesso tão mediático como foi o de Invincible ou até de The Walking Dead, mas espero que após o lançamento do primeiro trade deste título haja uma opinião mais positiva em relação a este livro. Muitos queixam-se que o Wolf-Man acaba por se tornar uma repetição das fórmulas que Kirkman já usou nos seus comics, mas acho que isso é uma desculpa esfarrapada para não se divertirem.
E este número faz com que a qualidade de Kirkman se denote ainda mais, pois é já a partir daqui que todas as bases que construiu se começam a desmoronar. Segundo ele, é no próximo número que vai ocorrer uma mudança pesada no status-quo da série e eu estarei cá para ver.
Neste número, o nosso herói vê-se confrontado com alguns problemas familiares que começou por ter há alguma edições atrás e pelos vistos está a reagir da pior forma. Ainda pior que isso, a sua mulher começa a dar sinais de fraqueza e isso significa conhecer novas pessoas. O cliffhanger final é brutal e espero que na próxima edição eu fique a saber mais sobre o que realmente se passa naquela cidade que, diga-se de passagem, é bastante estranha e de noite aquilo é uma "festa" para todos os noctívagos.
Fica aqui o conselho, comprem o primeiro volume de Astounding Wolf-Man que compila os 7 primeiros comics, pela módica quantia de 15 dólares. Não se vão arrepender, nem que seja só para se divertirem um bocado que é o verdadeiro objectivo de um comic.

Book Depository - Aproveitar é Agora!

Queria só deixar uma pequena nota aqui neste espaço para quem o visita e para quem compra BD regularmente no site Book Depository ou outro site qualquer de vendas britânico. Não sei se alguns de vós já sabiam, mas a libra desvalorizou vertiginosamente em relação ao euro, tendo passado do valor de cerca de £1 = €1.5 para o impressionante valor de £1 = 1.27 (ou seja, €1 = 0.80£)! Aproveitem que isto pode até não durar muito tempo ou, quem sabe, seja uma coisa para durar.

CORRECÇÃO: Houve uma pequena gralha nas tabelas de conversão que dei, mas agora está tudo correcto como podem ver em cima.

22 julho 2008

Green Lantern - Rebirth

Argumento: Geoff Johns
Desenho: Ethan Van Sciver

Depois de o CESAR ter originalmente feito a crítica a este primeiro livro da nova saga do Lanterna Verde, venho agora dar a minha opinião sobre a mesma, com base numa segunda leitura que tive ontem (ainda mais agradável que a primeira). Digo que é mais agradável simplesmente por saber muito mais sobre as origens de um dos meus personagens preferidos, actualmente.
Na altura em que li pela primeira vez este Rebirth, o Lanterna era uma coisa nova para mim. Diziam-me sempre para comprar esta série porque tinha uma das melhores personagens da DC e porque o Johns tinha começado algo de fantástico nesta mini. Eu acreditei no que me tinham dito e decidi comprar o TPB só para confirmar as mil opiniões que já tinha ouvido e é claro que não fiquei desiludido. Pelo contrário - Green Lantern: Rebirth é uma excelente rampa de lançamento para um personagem que tinha sido atirado ao mar quase desnecessariamente e que infelizmente tinha sido substituído por uma personagem de muito menor calibre (actualmente o caso até mudou de figura significativamente). Kyle Rainer não era o Lanterna ideal e as vendas da série a meio dos anos 90 so confirmavam o pior.
Nesta história, os fãs mais antigos puderam finalmente rever um dos seus heróis preferidos do passado e, melhor ainda, ele veio para ficar e o que é facto é que já rendeu cerca de 30 comics nesta nova série, tendo já passado por uma guerra mais acérrima com Sinestro, o némesis por execelência de Jordan (haverei de chegar à review desse livro, mas antes ainda tenho os outros para falar aqui). É aqui também que são reunidos todos os elementos que vão figurar no resto da história que Johns ainda está a desenvolver, o que também é óptimo pois dá logo a ideia que tudo está perfeitamente controlado e preparado para uma saga que vai ficar para a história da DC. Só a conclusão (que ainda deve estar bem longe) nos dirá se toda esta viagem terá valido a pena.
Sinestro e Parallax são sem dúvidas os nomes a reter pois pelo que facilmente se constata nesta leitura, ele são os elementos fulcrais de toda esta plot enecetada por Johns. Mesmo assim, aquilo pelo que estou mais ansioso para ler é o evento de 2009, intitulado de 'Blackest Night', onde, pelo que me parece, ficaremos a saber mais sobre a profecia que envolve todos os aneis das diferentes cores que existem.
Basicamente, quem não está a acompanhar esta série está só a perder uma das melhores que estão a sair actualmente no mercado. Isto é mais que aconselhado e penso que já todos terão ouvido milhares de críticas positivas a esta pequena obra-prima de Geoff Johns e aos seus companheiros desenhadores (nomeadamente Ethan Van Sciver e Ivan Reis). Por falar em Sciver, a arte dele neste livro está fantástica.

Nota: 9/10 Recomendado!!

09 julho 2008

Ultimate Spider-Man #118-122

Argumento: Brian Michael Bendis/ Desenho: Stuart Immonen
Depois de uma metamorfose muito mal recebida pelos fãs de Peter Parker no título principal da personagem, algum dos outros dois títulos que não chegaram a receber tal tratamento iria servir de refúgio àqueles que mais temiam a nova fase de Peter (tal como eu, mas que mesmo assim ainda a lêem). Não me acusem de falsos moralismos, mas é que tenho uma força interior que me faz seguir esta personagem independentemente da história contada ser a pior do mercado. Pois bem, decidi também utilizar este refúgio há uns dias numa das minhas últimas compras. Estava a achar que precisava de ler um Homem-Aranha original, mas bem escrito (ao contrário do que se passa em Amazing Spider-Man). É claro que esta série acaba por ter os mesmo moldes da sua congénere, mas aqui verifica-se que o argumento é escrito por quem sabe, e como diz o outro "quem sabe, sabe". Em Ultimate Spider-Man, Bendis consegue fazer com que todo o universo do Aranha volte a fazer sentido e fá-lo de forma surpreendente, pois o próprio Peter acaba por se tornar uma personagem secundária no meio dos seus colegas de escola (sim, felizmente ele aqui ainda se dedica ao estudo). E foi esse o pormenor que mais me tocou quando voltei a ler esta série, passados uns bons tempos (já não lia isto há cerca de um ano), Bendis consegue fazer de USM uma espécie de comédia adolescente, mas não daquelas descartáveis, em que todas as personagens contam e não há apenas um foco, com diálogos inteligentes, cheios de referências, boas velhas piadas, caracterizações que até são capazes de fazer os seus colegas de trabalho cederem a um dos 7 pecados mortais.
Nas primeiras três edições, Bendis ressuscita uma das mais antigas séries de TV do Aranhiço, uma que respondia pelo nome de "Spider-Man and his Amazing Friends", introduzindo a mais recente mutante no plantel dos Ultimate X-Men, Liz Allen, ainda à espera de nome de código (possivelmente Firestar). Basicamente, o seu poder é baseado num dos seus amigos, o Tocha Humana que ultimamente se tem relacionado de uma forma muito próxima com os protagonistas da série, sendo mesmo acusado de "infectar" a sua amiga, de alguma forma. O vilão também não poderia faltar neste arco, sendo que é Magneto quem dá a cara em busca de um reforço para a sua Irmandade Mutante, onde a escolhida é óbvia. Nas edições seguintes, Bendis tenta apaziguar um pouco a acção e dar um pequeno descanso ao nosso herói, se bem que de uma forma algo estafante (ironia...). Peter cruza-se com dois vilões lado-B que mais uma vez fazem das suas e estragam um pouco mais a vida, já de si, nada fácil do protagonista. É aqui que também são deixadas pequenas pistas para uma nova organização que proximamente irá surgir na série (suspeito que o Venom que irá aparecer tem ligações com esta empresa). O desenhador desta série é um pequeno génio do desenho, que consegue produzir cena de acção tão enérgicas e emocionantes com um estilo muito solto e simples. Creio que este homem supera e muito o antigo desenhador desta série, Mark Bagley, que pecava por desenhar as suas personagens sempre nos mesmos moldes, o que na minha opinião era deveras cansativo. O Immonen é uma grande aquisição e espero que fique neste título por muito tempo, pelo menos enquanto eu o acompanhar.
Entretenimento e uma lufada de ar fresco mensal.
Nota: 8.5

07 julho 2008

Green Lantern - Emerald Dawn


Argumento: Keith Giffen, Gerard Jones e Jim OwsleyDesenho: Mark D. Bright 



Hal Jordan era apenas um piloto aéreo que tinha uma vida um pouco complicada, mas uma série de tragédias levaram a sua vida a um outro patamar. Nunca Jordan pensou que um ser alienígena poderia descer à terra e herdar-lhe um anel controlado exclusivamente pela força de vontade do seu portador, nem ele sabia que iria ter um dos confrontos mais imediatos na vida de um super-herói, afinal não é todos os dias que alguém é bombardeado com um anel que confere habilidades extra-humanas e de seguida é confrontado com um outro ser que ameaça a destruição da Terra.Esta série pode não ser a primeira história do Green Lantern de sempre, mas age como tal e por isso torna-se uma excelente forma de perceber um pouco mais a personalidade do actual protagonista da série com o mesmo nome, ou seja, quem quiser ler esta série do seu início, sugiro que comecem por aqui. É em Emerald Dawn que também se percebe o enorme potencial que esta entidade tem (falo em entidade referindo-me ao Green Lantern em si, não uma personagem específica). A partir daqui percebe-se que o Universo está dividido em milhares de sectores que são patrulhados por outros milhares de portadores de um anel. A partir deste pressuposto, abrem-se portas para centenas e centenas de histórias que podem envolver o próprio planeta Oa, lar dos Guardians of the Universe, os povos oprimidos pelos Lanternas, a vida pessoal de Hal Jordan e outros escolhidos, etc. E para provar esta teoria, aparece Geoff Johns, que neste momento está a criar uma das maiores plots da história deste personagem, criando mais 7 cores adicionais a este universo (como se pode ver no primeiro link), ou seja, mais uma série de personagens que podem muito bem ser interessantes.Esta história é apenas interessante do ponto de vista de quem pretende saber um pouco mais sobre as origens dos Lanterns e de Hal Jordan, portanto não será uma leitura muito adequada àqueles que já percebem mais da coisa, mas há que frisar que, para um comic dos inícios da década de 90, a acção até está muito fluida não havendo momentos de puro desperdício de tempo. Note-se que a narrativa até se assemelha muito aos padrões modernos, estando ainda numa versão mais experimental. De certa forma, é um clássico que aconselho a novos leitores e à aqueles que talvez queiram recordar os primeiros momentos da vida de Hal Jordan. 


Nota: 7/10

03 julho 2008

Wanted

Argumento: Mark Millar
Desenho: J.G. Jones

Wanted é aquele tipo de livro que me faz ver que o conceito de super-herói está muito mais para além do que uma simples capa e um poder. Wesley Gibson é aquele tipo de personagem que me faz ver que uma simples personagem sem qualquer interesse se pode tornar num dos vilões mais interessantes que tive oportunidade de ver nos últimos tempos.
Este comic é fruto de uma história de infância vivida por Mark Millar e nada mais é do que uma criação do seu próprio irmão, após Millar lhe ter perguntado o que se tinha passado com os Super-Heróis naquela altura (Millar tinha acabado de descobrir pela primeira vez o Super-Homem). Bobby, o seu irmão, respondeu-lhe que todos eles tinham morrido numa intensa batalha contra outros vilões e que nunca mais ninguém se tinha lembrado deles. Só restavam os comics para testemunhar a sua existência.
E essa é a ideia base deste livro - Wesley Gibson é apenas mais uma personagem num mundo de homens banais onde a sua vida não é mais que um simples pedaço de m****. Ele vive frustrado por ter uma namorada que o engana constantemente e por ter um emprego onde é massacrado constantemente. Chega então o dia em que Wesley se apercebe que a sua vida pode ser mais do que isso, quando lhe chegam as notícias de qua algo aconteceu ao seu pai, um dos mais temidos criminosos do mundo. A partir daí, ele é treinado arduamente de forma a que possa suceder ao seu pai, o que pode soar meio cliché, mas da forma que esta ideia é exposta no livro faz-nos pensar duas vezes. É nesta instância que também ficamos a saber de um dos segredos melhor guardados do mundo - todos os super-heróis morreram há cerca de15 anos e os vilões prevaleceram para dominar a terra, mantendo-se até hoje na sombra sem que ninguém saiba deles (depois de terem manipulado as mentes da população mundial de modo a que ninguém se lembrasse do ocorrido). É incrível ver como vilões que lutaram anos e anos contra heróis sendo constantemente humilhados, decidem esconder-se do mundo não descaregando a sua óbvia fúria na terra que os viu serem derrotados vezes sem conta. Aqui vê-se que a barreira Herói/ Vilão pode não ser aquilo que julgamos.
Mark Millar oferece-nos aqui uma história inesquecível que corre num ritmo frenético durante as 5 primeiras edições e culmina num final que estimula à reflexão, algo verdadeiramente "interessante e corajoso". Isto faz-me pensar que a censura que existe nos comics mainstream de hoje só faz com que o génio criativo de alguns argumentistas não vá mais longe. Arrisco-me a dizer que este trabalho de Millar consegue ser superior a Ultimates, por muitos (e por mim também) considerado um dos poucos clássicos modernos dos comics de Super-Heróis, pois Wanted está um passo à frente. Tudo isto porque em apenas 6 edições consegue ter mais conteúdo do que uma série mensal que dura 10 ou 20 anos (não sendo esta uma comparação directa a Ultimates).
J.G. Jones é também uma peça fundamental nesta série, pois grande parte da dinâmica que esta tem não se deve única e exclusisamente ao fluido argumento de Millar, mas também às cenas desenhadas pelo artista, que conseguem captar o sentimento das personagens naquele exacto momento. À primeira vista, a sua arte pode não ser muito convidativa (apenas as capas podem ser atraentes), mas o homem percebe mesmo de arte e ao longo do livro dá para perceber o quão expert ele é na matéria.

Melhor leitura do ano, até agora.
Nota: 9.5/10
- Recomendado!

01 julho 2008

You Tube of The Week #11 -Italian Spiderman Eps. 03 e 04


Episódio #03


Episódio #04

Aqui estão mais dois novos episódios do grande símbolo do século XXI - Italian Spider-Man! Sem dúvida os vídeos mais hilariantes do momento.