26 setembro 2010

Skull Kickers #1

ARGUMENTO: Jim Zubkavich | ARTE: Edwin Huang
IMAGE COMICS

Este é porventura o comic mais aguardado do mês. Não deixa de parecer estranho constatar que a sua primeira tiragem esgotou completamente antes de chegar às prateleiras, mas o que é facto é que Skull Kickers gerou uma grande especulação à sua volta. À primeira vista não parece ter nada de especial na sua concepção, nem sequer os dois autores que assinam a série são particularmente conhecidos. Eu, pessoalmente, nunca ouvi falar dos seus nomes. A única coisa que me cativou foram as capas, a principal e a alternativa, que me parecem ser de grande qualidade em termos de design (apesar de a última ser uma referência cómica a Hulk #1). Com isto tudo pensava eu que ia encontrar uma arte interior também ela semelhante às capas, mas pelos vistos enganei-me e bati com a porta na cara (como eu ainda sou ingénuo). Já lá iremos mais à frente. Há algo que ainda deve ser mencionado antes de se analisar este primeiro número: dias antes do seu lançamento, foi vendida uma cópia sua no Ebay a 15$ (!!!). Pois, pois. Terá sido um golpe conspiratório de alguém que ficaria a ganhar com o sucesso de Skull Kickers? Criando o hype necessário, seria assim tão óbvio que o sucesso seria alcançado? Talvez tudo isto não se tenha traduzido em qualidade...

O Que Ando a Fazer #7

Capa alternativa de Skull Kickers #1
  • Descobri tinha ali uns números perdidos de Amazing Spider-Man (#564-579) que ainda não tinha lido. Esta acção foi desencadeada quando decidi ir a uma papelaria ver como andavam as Paninis e os números que estavam a ser publicados. Vi lá o Homem-Aranha #98 e despertou-me de novo o interesse pelo Brand New Day, muito por culpa da capa do Romita Jr. (fez-me lembrar os bons velhos tempos). O arco vigente é Character Assasination, mas para o entender tive de pegar nos números de New Ways to Die, de Dan Slott e John Romita Jr. que ainda não tinha lido (tenho a colecção esburacada, daí ter perdido o entusiasmo, mas felizmente existe a internet!). Desde então tenho andado numa maratona caótica a ler o que me falta, numa aventura que me tem causado uma mistura efervescente de sensações. Há storylines más demais para serem verdade, muito em parte por serem uma fotocópia falhada daquilo que se fazia nos '60, enquanto outras me fazem ver que o Aranha está a atravessar uma fase relativamente boa, devido ao talento de Marc Guggenheim, Dan Slott e Zeb Wells, aqueles que eu considero ser os três melhores argumentistas actuais desta série. Já Bob Gale é terrivelmente mau e devia receber guia marcha para uma localidade bem longe da civilização. John Romita Jr. e Chris Bachalo assumem-se como os melhores desenhadores, mas é Marcos Martin quem realmente surpreende pelo seu talento em ascensão. Um artista a seguir atentamente nos próximos anos.
  • A Image Comics tem andado numa de lançar novas séries com uma componente bastante apelativa para o público, sempre com descrições bastante aliciantes na Previews. Morning Glories representava "o encontro entre Lost e Runaways" e agora, Skull Kickers, é apresentado como sendo "um encontro entre entre filmes antigos de Polícias e Conan". Mas na sua essência, esta série trata-se apenas das aventuras de dois guerreiros sem nome que fazem trabalhos encomendados a troco de dinheiro num universo em que tudo é possível, onde existem zombies, lobisomens e outras tantas coisas sobrenaturais. Cortesia de dois perfeitos estranhos, Jim Zubkavich e Edwin Huang. Esperem uma análise em breve.
  • EU (NÃO) VOU AO AMADORA 2010 - está quase decidido, é desta que não vou à Amadora  fazer a minha visita anual. Nem mesmo que confirmem John Romita Jr. e Mark Millar à última da hora! Se o próprio festival não se dá ao trabalho de me informar sobre aquilo que vou poder ver, porque hei-de eu me preocupar com cenários imaginários de festivais fantásticos hipotéticos que todos os anos são prometidos? É sempre a mesma coisa e sinceramente começa a fartar.

21 setembro 2010

DC Comics Acaba Com as Linhas Wildstorm e ZUDA

As últimas edições da Wildstorm serão lançadas em Dezembro
No seguimento de alterações a nível geográfico por parte da DC Comics, foi hoje comunicada a decisão de suspender a linha Wildstorm e terminar com a Zuda, um segmento editorial que se destacava pelas suas iniciativas a nível de edição online. Estas decisões partiram de um comunicado lançado hoje de manhã que anunciava a mudança da maior parte do staff da DC, de Nova Iorque para Burbank, no sentido de aproximar a casa mãe, Warner Borthers, e a sua filial dedicada aos comics. Não se sabe ao certo se ainda virão mais mudanças radicais por parte da editora, mas o que é facto é um grande número de personagens passaram agora a ficar em stand-by.

20 setembro 2010

Green Lantern - Agent Orange

Argumento: Geoff Johns | Desenho: Philip Tan e Ivan Reis

Este é porventura o mais desinspirado arco da saga da Guerra da Luz, o que necessariamente (e infelizmente) se traduz na pior leitura do mês. O que Geoff Johns tem feito ao longo destes últimos anos foi habituar-nos a trabalhos de muitíssima qualidade e à medida que o tempo passa é cada vez mais difícil superar-se a si mesmo. O que se passou neste Agent Orange foi algo de muito estranho. É nos introduzido um novo Lanterna, o Laranja, motivado pela Gula e que responde pelo nome de Larfleeze, tendo há milhões de anos atrás se apoderado da lanterna colorida que lhe confere poderes extraordinários, com a agravante de causarem demência ao seu portador, neste caso uma fome insaciável por poder. Esta fome é alimentada pela lanterna que Larfleeze transporta constantemente consigo, o que recarrega o seu anel permanentemente. Isto permite-lhe criar avatares de identidades cuja vida terminou ao confrontarem-se com o Lanterna Laranja, uma espécie de exército dos mortos vindo lá não sei de onde. A coisa tem o seu potencial, mas talvez não tenha sido explorada da melhor forma...

16 setembro 2010

Não Podes Perder... #3 - Morning Glories e Daytripper


Este post funciona como uma espécie de recomendação, não com base nas minhas leituras, mas em virtude daquilo que se vive lá fora. Não será só uma recomendação para quem o ler, como também para mim, que várias vezes me esqueço de coisas novas que estão sair e que quero comprar, que gozam de alguma qualidade. 
Pois bem, os escolhidos de hoje são dois comics que estão a fazer furor na América e que ainda não alcançaram o seu devido estatuto. Um deles é bastante recente, pelo que é algo cedo para descortinar a sua consistência, mas o que é facto é que não se fala de outra coisa nos sites e blogs mais conhecidos. O outro viu o seu fim há poucos dias e promete fica na história.

15 setembro 2010

Amazing Spider-Man #638-641 - One Moment In Time

O.M.I.T. - Joe Quesada e Paolo Rivera
Já lá vão mais de dois anos desde que Brand New Day foi iniciado, isto após uma conturbada resolução de problemas da vida do Aranha por parte de Joe Queijada e Joe Straczynski. Há quem diga que este último foi o responsável pelo grande declínio da personagens nos últimos anos, tudo porque decidiu explorar uma faceta mais adulta de Peter Parker, dando-lhe inclusivamente um trabalho como professor na sua antiga escola (editado pela Devir em Portugal os volumes Raízes e Estranhas Sombras). O que enfureceu os saudosistas nem foi essa decisão, mas sim o momento em que se revela que os poderes do Homem Aranha têm origens totémicas (se bem que esta ideia é apresentada com uma certa ambiguidade). A aranha que picou Peter faria então parte de uma espécie cujos poderes eram místicos, destronando um pouco a ideia de que a radiação era a causa da mutação infligida ao amigo da vizinhança. Os profetas da desgraça ergueram-se então com grande vingança e raiva furiosa atacando Strac no instante em que este decidiu fazer um retcon com Gwen Stacy e Norman Osborn, insinuando que teria havido uma relação entre os dois da qual haviam surgido dois filhos. Neste assunto nada contra, hoje em dia olho para essa saga e constato que é um dos maiores epic fails na história do Aranha. Simplesmente foi mau demais, os editores concerteza estavam a dormir e não perceberam as implicações caóticas que isto teria. Qualquer personagem tem uma base de valores que não pode nunca ser subjugada e aqui foi o que se fez. Foi uma completa ofensa à memória da Gwen Stacy (coitada, nem existe realmente e estão sempre a tentar fazer dela uma má personagem).

09 setembro 2010

Darwyn Cook Sobre o Lesbianismo e as Editoras

Tinha deixado escapar esta, mas como o assunto se tornou algo intemporal nem o atraso de um ano justificava a falta deste post. Darwyn Cooke meteu a boca no trombone na última Fan Expo do Canadá e nas suas declarações estava completamente em chamas! Em causa esteve a mudança de orientação sexual da personagem Batwoman que, segundo ele, é uma mudança demasiado drástica desrespeitosa de toda a estória ficcional que foi criada ao longo dos últimos anos. Tento na língua foi pura ficção...

06 setembro 2010

Scarlet #1

Scarlet #1, de Brian M. Bendis e Alex Maleev
Não me vou alongar muito sobre este comic. É um número 1 e fazer já suposições profundas sobre este título pode ser precoce. Pode não, é mesmo. Antes de mais, convém fazermos um pequeno resumo desta nova criação do Bendis e do seu grande amigo Alex Maleev. Esta estória é centrada na personagem Scarlet, uma rapariga cuja idade se desconhece que está lixada com o sistema. Isso mesmo, uma pessoa como todos nós. Quem é que não está tramado com o primeiro-ministro? Quem é que não detesta o sistema judicial do país ou quem é que não se sente injustiçado com a profanação moral a que somos submetidos todos os dias por aqueles que nos governam? Mas esta menina leva tudo a extremos. Logo na primeira página mata um polícia e faz piadas com isso. E depois começa a falar connosco. Sim, este livro usa a famosa, mas não muito utilizada, quebra da 4ª parede. Com este mecanismo, a personagem não narra a estória a partir de pensamentos (como é mais comum na BD), mas sim a falar directamente com o leitor. Talvez uma empatia maior com o público seja o resultado, pois a vida de Scarlet é um verdadeiro melodrama. Ao que parece, ela está convencida que o seu ex-namorado foi morto injustamente por um polícia, depois deste o acusar de ser um senhor da droga. A partir daí inicia-se um caminho de vinganças pessoais (sim o polícia que o matou é o mesmo que falei em cima). Cheira-me que a grande revelação no fim desta série é que o namorado era mesmo um viciado e Scarlet se apercebe que está a lutar por causas incoerentes. Mas é claro que isto não vai acontecer, ou vai?

04 setembro 2010

Asterios Polyp

Asterios Polyp, de David Mazzucchelli
Já muito se falou deste livro por essa internet fora, mas fico com a sensação que ainda não lhe foi dado o devido valor pela qualidade que apresenta. É certo que está aqui uma obra de grande complexidade que pode suscitar as mais variadas interpretações quer a nível do argumento, quer a nível da arte, mas é também quase certo que independentemente da existência dessas variáveis, estamos perante uma das maiores produções da década a nível da 9º Arte. Eu até me arriscaria a afirmar que se houvesse algum livro recente que teria definido uma viragem na abordagem à BD como nós conhecemos, seria este e como tal afirmaria também que esta é a GRANDE obra da década, mas como me é impossível ler tudo o que por aí anda não posso cair nesta tentação. Portanto, é pelo menos a melhor coisa que já li nos últimos tempos. É profundo. É corajoso. É algo que não se vê muito por aí e a proximidade que senti com as personagens foi determinante no sentido desta apreciação. Houve quem tenha detestado o conceito das personagens e consequentemente tenha achado o enredo algo pomposo e audaz demais, o que me levou a concluir que ainda é cedo para que Asterios ganhe o seu lugar no topo da história da banda desenhada. Mas também, apenas 18 mil pessoas ainda o leram...

02 setembro 2010

Sandman Também Salta Para a TV


Depois de The Walking Dead ganhar o seu espaço no pequeno ecrã (e até ter garantido uma segunda temporada sem ainda ter estreado a primeira), eis que também é anunciada uma série de TV dedicada a Sandman, um clássico intemporal de Neil Gaiman, garante o Hollywood Reporter.